Mudanças inesperadas podem ser desafiadoras para qualquer pessoa, mas para autistas, que muitas vezes encontram conforto na previsibilidade e rotina, elas podem ser especialmente difíceis.
Em um relacionamento, essas mudanças podem surgir de diversas formas, como mudanças na rotina do casal, na comunicação ou até mesmo na dinâmica emocional.
Neste artigo, vamos explorar formas de lidar com essas situações de maneira mais tranquila e saudável.
1. Reconheça que mudanças fazem parte da vida
Embora a previsibilidade traga segurança, a mudança é algo natural e inevitável. Aceitar essa realidade pode ajudar a reduzir a ansiedade quando algo inesperado acontece no relacionamento.
💡 Dicas para lidar com isso:
✔ Lembre-se de que mudanças nem sempre são negativas – algumas podem trazer crescimento.
✔ Reflita sobre outras mudanças passadas que você conseguiu superar.
✔ Dê a si mesmo tempo para processar e se adaptar.
🚨 O que evitar:
❌ Responder impulsivamente ao tentar controlar a situação.
❌ Se recusar a falar sobre o assunto por medo da mudança.
2. Comunique seus sentimentos ao parceiro
Se você sente ansiedade ou desconforto com uma mudança, converse com seu parceiro. Muitas vezes, ele pode não perceber como a situação está afetando você.
✅ Como expressar seus sentimentos:
✔ Explique de forma clara como a mudança impacta você.
✔ Use frases como “Eu preciso de mais tempo para me adaptar a isso”.
✔ Se necessário, escreva seus pensamentos antes de iniciar a conversa.
🚨 Sinal de alerta: Se seu parceiro desconsidera suas dificuldades ou ignora seus sentimentos, isso pode indicar falta de empatia na relação.
3. Crie pequenos pontos de estabilidade
Se uma mudança maior está acontecendo no relacionamento, manter pequenas rotinas pode ajudar a trazer uma sensação de segurança.
💡 Exemplos de estabilidade dentro da mudança:
✔ Manter horários fixos para certas atividades (como refeições juntos).
✔ Criar rituais diários para conexão, como enviar mensagens pela manhã.
✔ Encontrar conforto em objetos familiares, como um diário ou playlist favorita.
Isso ajuda a diminuir o impacto emocional da mudança.
4. Peça informações claras sobre a mudança
Muitas vezes, o que causa mais ansiedade não é a mudança em si, mas a falta de informações sobre ela. Perguntar e entender melhor o que está acontecendo pode ajudar.
✅ Dicas para buscar clareza:
✔ Pergunte ao parceiro o que está mudando e por quê.
✔ Peça exemplos concretos para entender melhor a situação.
✔ Se necessário, peça para que ele explique de outra forma ou por escrito.
Saber exatamente o que esperar pode tornar a adaptação mais fácil.
5. Pratique técnicas para reduzir a ansiedade
Mudanças inesperadas podem gerar estresse e sobrecarga sensorial. Ter estratégias para se acalmar pode ajudar.
💡 Técnicas que podem ajudar:
✔ Respiração profunda para reduzir a ansiedade no momento.
✔ Pausas sensoriais – ir para um ambiente tranquilo por alguns minutos.
✔ Escrever sobre o que está sentindo para organizar melhor seus pensamentos.
Essas práticas podem tornar a transição mais gerenciável.
6. Se necessário, busque apoio emocional
Se a mudança for muito difícil de lidar sozinho, contar com amigos, grupos de apoio ou um profissional pode ser uma boa opção.
✅ Fontes de apoio podem incluir:
✔ Amigos próximos ou familiares que entendem sua forma de processar mudanças.
✔ Grupos de apoio para autistas LGBTQI+.
✔ Terapia para trabalhar emoções e desenvolver estratégias personalizadas.
Ter um suporte emocional pode tornar o processo de adaptação mais leve.
Conclusão: A adaptação leva tempo e paciência
Lidar com mudanças inesperadas em um relacionamento pode ser desafiador, mas com paciência, comunicação e estratégias para minimizar o impacto, é possível se adaptar sem tanto sofrimento.
Seja gentil consigo mesmo nesse processo e lembre-se de que cada passo que você dá para lidar melhor com as mudanças já é um progresso. Você não precisa enfrentar isso sozinho! 💙🏳️🌈♾️
Te vejo no próximo post.
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Blogueira desde 2014, autista diagnosticada tardiamente e apaixonada por aprender e compartilhar experiências. Explore mais sobre o autismo por aqui no Blog Espectro Autista TEA!